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A noite tem dois filhos: um chamado sono e o outro chamado sonho. Eram 5:10 da madrugada, quando despertei. Estava a sonhar e desta vez lembro-me do sonho, o que muitas ve-zes não dá para recordar. Era um enxame. Eram muitas abelhas, mesmo muitas! Dentro de casa havia um orifício no chão e elas saíam cada vez mais, como se quisessem encontrar uma saída. Eram inofensivas. Só queriam a liberdade, uma luz, o céu, um caminho aberto... a solução foi abrir uma janela e estas aos poucos iam saindo... parece que até diziam "obrigada!". Tentei interpretar o sonho: Era um conjunto de algo que está dentro de algo, prestes a sair: - Pode ser o dinheiro, o Euromilhões... - Pode ser sentimentos reprimidos que queiram vir ao de cima... - Pode ser a vida que queira manifestar-se, com os seus infinitos mistérios e revelações... - Pode ser o Amor que queira expandir-se... - Pode ser os talentos que queiram render mais, estes não gostam de estarem enterrados... - Pode ser um projecto que vai ser realizado, se houver união como as abelhas... - Pode ser... pode ser, como é bom interpretar, é só inventar! E tu como o interpretarias? O mais curioso é que estas abelhas eram inofensivas, assim como as crianças, os velhinhos e as alminhas! Só queriam a minha ou a tua ajuda, para abrir uma janela... Como estamos no mês de Novembro, mês das Almas, se calhar, eram as alminhas do Purgatório que estavam se libertando, ou estão prestes a se libertarem, se alguém de nós, pedir por elas, com as nos-sas orações, os nossos silêncios, e os nossos sacrifícios. Talvez esta-vam pedindo ajuda para que este sonho se torne realidade. - "Obrigada!"
Anália Pacheco
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