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Numa noite de invernia
No meu sofá me sentei Muito bem agasalhada Adormeci e sonhei Sonhei que estava sozinha Ouvi bater em qualquer lado Era tão grande o barulho Que me deixava assustado Olho, não vejo ninguém Nem vento nem gente a passar Disfarço e não faço caso Avanço e vou trabalhar. Espera lá, ouço outra vez Tive muito medo Fecho muito bem a porta Como que em segredo. Observo em todo o sítio Talvez me queiram falar!? Dormindo em sobressalto Continuava a escutar Pensei sair porta fora Com tudo isto sofria Corri para abrir a porta A porta não se abria Estava desprotegida Uma vil angustia senti Em grande luta acordei E aos poucos me apercebi O barulho que sentia Era embaraço impressão Uma busca um apelo Procurando solução Abri a minha janela Fica na parte da frente Enchi os pulmões de ar puro Refresquei a minha mente Apesar de ser um sonho Não quero mais vir a tê-lo Sonhei enquanto dormia Chamo a isso pesadelo Águeda Correia
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